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O abade de Bente Agostinho Fernandes Pimenta e outros antepassados
Já sabia há algum tempo que do meu lado materno tinha uma trisavó e uma tetravó de apelido Pimenta, respectivamente, Albina Pimenta e Maria Teresa Pimenta. Durante muito tempo não me ocorreu recuar mais no tempo e procurar os outros antepassados que as precederam. Ultimamente tenho feito alguma pesquisa no rasto deles, com resultados. No texto que publico agora, indico alguns desses meus antepassados, mas muitos deles também são antepassados de muitos milhares de outras pessoas residentes em Bairro, Carreira, Bente, Ruivães, Landim, Delães, Lordelo e tantas outras localidades, e, por isso, este assunto também pode interessar-lhes. Daí a razão para que o publique.
Do meu lado paterno, apesar de já ter recuado muito no tempo em busca das raízes, designadamente no que diz respeito aos Pereiras, ignorava completamente que também pudesse haver Pimentas. Sabia que uma Ângela Fernandes casou com Francisco Gonçalves da Bica, do lugar de Segade, Carreira. No baptismo do seu filho Agostinho Gonçalves, o padrinho foi o licenciado Agostinho Fernandes, abade de Bente, que eu julgava ser irmão de Ângela. Descobri recentemente que não era irmão, mas pai de Ângela. Num registo de baptismo de Jerónima, filha de António Dias Pimenta, da freguesia de Landim, em 18.01.1654, diz-se que Ângela Fernandes, filha do abade de Bente, Agostinho Fernandes Pimenta, foi a madrinha. Além disso, consultando os livros de registos de Bente, verifica-se que o abade assinava os assentos com o seu nome completo: Agostinho Fernandes Pimenta.
Depois apurei que era filho de Baltazar Fernandes Pimenta, de Pombeiro, Vila Fria, e de Maria Gonçalves, do lugar de Paredes, Carreira, freguesia em que casaram, em 1595, de que já publiquei o assento no facebook. Tiveram pelo menos três filhos: Isabel Dias Pimenta, Simão Dias Pimenta e o já referido Agostinho Fernandes Pimenta.
O padre Agostinho Fernandes Pimenta teve filhos de pelo menos duas mulheres: Inês Miranda e Maria Varela. De Inês Miranda teve Pedro Fernandes Pimenta e a já referida Ângela Fernandes; de Maria Varela, de Ruivães, teve Maria Pimenta. É meu nono avô pelo lado paterno e décimo primeiro pelo lado materno.
Agostinho Gonçalves da Bica, neto do abade, teve de uma mulher solteira, Catarina Pereira, em 1690, um filho: Agostinho Pereira. No registo do seu baptismo a mãe declarou que o pai era ele, o que devia ser verdade, visto que Agostinho Pereira herdou mais tarde a casa da Bica e outros bens que tinham pertencido a Agostinho Gonçalves. Dois anos antes, em 1688, a mesma Catarina Pereira tinha tido um outro filho, André Pereira. O pai provavelmente era o mesmo, embora o registo do baptismo não o indique.
Tanto Agostinho Pereira como André Pereira são meus antepassados, o primeiro pelo lado paterno e o segundo pelo lado materno, como se pode ver pelo esquema que se pode ver no link abaixo.
O conhecido político Francisco de Sá Carneiro era descendente de Baltazar Fernandes Pimenta e do padre Agostinho Fernandes Pimenta.
Também Alfredo Pimenta, que foi director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, descendia de Baltazar Pimenta e de sua filha Isabel Dias Pimenta, natural do lugar de Paredes, Carreira, e que casou em S. Martinho do Campo.
Um dos últimos párocos de S. Lourenço de Romão, agora integrada em S. Miguel das Aves, o padre Manuel Álvares Pimenta, também descendia de Baltazar Pimenta e de Isabel Dias Pimenta. Chegou a ser vigário de Roriz.
Idem para o padre José da Costa Pimenta, que foi vigário de Lordelo a partir de 1624 até 1658, ano em que faleceu.
Mas há muitos outros descendentes, sendo impossível nomeá-los a todos. Em conclusão pode dizer-se que os Pimentas que residem nesta região do vale do Ave são todos ou quase todos descendentes de Baltazar Fernandes Pimenta e dos seus filhos, embora a maior parte da descendência já nem tenha o apelido Pimenta.
Link para aceder aos dois ramos da minha árvore genealógica respeitante aos meus antepassados Pimentas, que será parcialmente semelhante à de muitas outras pessoas, principalmente a sua parte superior, que corresponde à parte mais antiga:
