Os avoengos: Andrades, Baptistas, Monteiros, Ribeiros, Silvas, Sousas, Vilasboas...

     Neste artigo proponho-me referir alguns dados sobre os antepassados de algumas das famílias mais conhecidas e numerosas das freguesias de Bairro e Sanfins. Não tenho a pretensão de realizar um trabalho exaustivo sobre as raízes de cada uma das famílias, mas apenas indicar algumas pistas. Quem tiver interesse neste assunto poderá, a partir dessas pistas, desenvolver as suas próprias pesquisas. Para realizar a minha tarefa vou socorrer-me dos registos de baptismos, casamentos e óbitos daquelas freguesias, que agora estão disponíveis para consulta via internet nos endereços https://tombo.pt/content/links-paroquiais/ ou https://.familysearch.org. Sugiro aos interessados que iniciem as suas pesquisas naqueles mesmos sites.

Andrades

     O patriarca dos Andrades de Bairro chamava-se António Rodrigues de Andrade. Nasceu em Areias, no lugar de Fontela. Era filho de Francisco Rodrigues, natural do lugar de Fontela, Areias, e de Maria de Andrade, natural do lugar de Pereira, S. Miguel do Couto. Francisco Rodrigues e Maria de Andrade casaram em S. Miguel do Couto em 29.05.1773, mas fixaram-se em Areias, onde nasceram os seus filhos, entre os quais o já referido António Rodrigues de Andrade, meu tetravô.

     António Rodrigues de Andrade, que era tamanqueiro, casou com Maria Josefa Pereira, natural de Sequeirô. Residiram nos lugares do Paraíso e Lagoa da freguesia de Sanfins, onde lhe nasceram os filhos: Manuel (1807), José (1809), Ana (1812), Bernardina (1814), Maria (1816), Bernardina (1819), Domingos (1822), Joaquina (1824), Francisco (1827), Bernardino (1830). Faleceu no lugar do Monte em 10.10.1864, com 74 anos.

     Outro filho de Francisco Rodrigues e de Maria de Andrade, Rodrigo de Andrade, natural de Areias, casou em Sanfins, em 09.11.1811, com Rosa Maria Carneiro, filha de José Carneiro e Maria Joana, de Sanfins. Moraram no lugar dos Lameiros.

     Domingos Rodrigues de Andrade, meu trisavô, nasceu a 18.03.1822 e no dia seguinte foi baptizado pelo pe. Francisco José Machado. Era filho de António Rodrigues de Andrade e de Maria Josefa Pereira, do lugar de Lagoa, da freguesia de Sanfins, neto pela parte paterna de Francisco Rodrigues e de Maria de Andrade, moradores em Areias, e pela parte materna de Frutuoso de Carvalho e de Ana Maria Pereira, moradores em Sequeirô. Casou com Felicidade Pereira de Azevedo, filha de João Pereira de Azevedo, natural de Bente, e de Teresa Maria Pereira de Sampaio, natural de Sequeirô. Deste casamento, houve pelo menos dois filhos: António (1850) e Maria (1854).

     António Rodrigues de Andrade, meu bisavô, nasceu, no lugar do Monte, a 10 de Junho de 1850, e no mesmo dia foi baptizado por Maria do Rosário em razão de se recear que expirasse devido a dificuldades de parto e, no dia 11 de Junho, foi levado à igreja para lhe serem impostos os óleos rituais e demais solenidades. Foram padrinhos o avô paterno, António Rodrigues de Andrade, e avó materna, Teresa Maria Pereira de Sampaio. Era filho de Domingos Rodrigues de Andrade e de Felicidade Pereira de Azevedo. Casou com Felicidade Martins Vilasboas, filha de Manuel Álvares Martins Vilasboas, lavrador, e de Rita Angélica Carneiro, moradores no lugar do Olival, neta pela parte paterna de Manuel Álvares Ferreira Vilasboas, lavrador, natural do Louro, e de Maria Martins, de S. Miguel das Aves, moradores no lugar do Olival, e pela parte materna de José Carneiro de Freitas, natural de Sanfins, e de Ana Joaquina de Carvalho, natural de Sequeirô. Deste casamento houve muitos filhos: Domingos (1886), Manuel (1889), Manuel (1890), Maria (1892), José (1894), Rosa (1897), Deolinda (1898),  António (1900), Olívia (1901), David (1904), Álvaro (1907) e Basílio (1909).

     Francisco Rodrigues de Andrade, filho de António Rodrigues de Andrade e de Maria Josefa Pereira, nasceu a 5 de Junho de 1827, no lugar da Lagoa, neto paterno de Francisco Rodrigues e de Maria de Andrade, moradores em Areias, no lugar de Fontela, e materno de Frutuoso de Carvalho e de Ana Maria Pereira, moradores em Sequeirô. Casou com Rosa Baptista, filha de António Baptista Carvalho, tamanqueiro, natural da Lama, e de Ana Maria Carneiro, moradora no lugar do Poço, em Sanfins. Deste casamento houve pelo menos três filhos: Ana (1854), Domingos (1856) e Maria (1862).

     Domingos Carneiro de Andrade, filho de Francisco Rodrigues de Andrade e Rosa Baptista, casou em 02.06.1881 com Guilhermina Maria Carneiro e Silva, proprietária, natural de Rebordões, filha de Alexandre José da Silva, proprietário, natural de Burgães e de Maria Joaquina Pinto Carneiro, proprietária, de Rebordões. Deste casamento houve pelo menos os cinco filhos seguintes: Maria (1883), Augusto (1886), Manuel (1888), Alexandre (1892) e Olga (1895). Como curiosidade, no que respeita a esta última, o registo de baptismo indica o nome Orga e como padrinhos os viscondes de Sanfins, casados, proprietários capitalistas residentes na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, representados pelos procuradores Manuel José de Carvalho e Maria Joaquina Carneiro e Silva. Até ao momento ainda não consegui obter a identidade dos referidos viscondes de Sanfins, certamente um casal desta freguesia bem sucedido no Brasil. Acrescente-se ainda que julgo que Domingos Carneiro de Andrade fez parte da junta de freguesia quando era presidente da mesma o pe. Vilasboas. Mais tarde, sucedeu ao referido padre como presidente da autarquia. O seu filho Manuel também foi regedor da freguesia durante muitos anos.

     Maria, filha de António Rodrigues de Andrade e de Maria Josefa Pereira, nascida em 1816, em alguns registos chamada de Maria Teresa de Andrade, casou com António José de Moinhos, moleiro e lavrador. Residiram no lugar da Azenha, freguesia de Sanfins.  

 

Baptistas

     Em 1825 teve lugar o casamento de António Baptista de Carvalho com Ana Maria Carneiro. Ele era filho de João Baptista e de Maria Josefa de Oliveira, da freguesia da Lama; ela era filha de Domingos Carneiro e de Maria Josefa de Araújo, da freguesia de Sanfins.  Deste casamento houve pelo menos dois filhos, Rosa Baptista que casou com Francisco Rodrigues de Andrade, moradores em Sanfins, no lugar do Poço, que ficava no início da agora chamada rua da Infância, e o padre João Baptista Carvalho, nascido em 1831, que foi pároco de Santa Eulália de Palmeira. Em 1873, verifica-se que assina alguns registos de baptismos, casamentos e óbitos da freguesia de Bairro, de que provavelmente terá sido pároco interino durante um curto período. 

Carneiros

     Em 30.07.1747, celebrou-se na igreja da Carreira o casamento de João Correia de Carvalho, em alguns registos identificado apenas por João Correia, filho de Custódio Correia e de Isabel Carvalho, moradores no lugar de Caparim, da freguesia de Bairro, e Maria Álvares Carneiro, filha de João Álvares Carneiro e de Catarina Francisca, moradores no lugar de Segade, da freguesia da Carreira. Foi celebrante o abade da Carreira, António Pacheco Pereira. O casal começou por fixar residência no lugar de Caparim, onde nasceu o seu primeiro filho. Pouco tempo depois, mudou-se para o lugar da Cruz, onde hoje fica a quinta da Bouça. Os outros filhos nasceram no lugar da Cruz. Os nomes dos filhos e respectivas datas de nascimento são os seguintes: Custódio (1748), Bernardo José (1750), António José (1753), João José (1757), Manuel José (1759), Francisco Bernardo (1761) e Custódia Maria (1766).

     Em todos os registos de nascimento dos seus filhos, a partir de 1750, é sempre indicado o lugar da Cruz como o da residência da família, nunca sendo mencionada a quinta da Bouça, o que significa que esta designação ainda não existia. Em 1770, num registo de um óbito é referido o lugar da Bouça, mas ainda sem referência à quinta da Bouça. Só em 1791, no registo do nascimento de António, filho de Manuel Álvares Carneiro e de Maria Teresa Costa, neto pela parte paterna de João Correia e Maria Álvares Carneiro, é indicada a quinta da Bouça, ainda no lugar da Cruz. António ou António Feliciano, como é referido em outros registos, tinha pelo menos dois irmãos: Domingos (1792) e Joaquina (1794).

     António Feliciano Alves Carneiro casou com Joaquina Júlia. Tiveram os filhos seguintes: Manuel (1821), António (1822), Joana (1824), Maria (1828), Joaquim (1832) e Rosa (1833).

     António Alves Carneiro, filho de António Feliciano Alves Carneiro e de Joaquina Júlia, casou com Maria Henriqueta Pereira Ribeiro e foram proprietários da quinta da Bouça. Sucedeu-lhes na propriedade da mesma quinta o seu filho, Joaquim Augusto Alves Carneiro, que casou com Amélia Gordon Norton Pereira de Castro. Deste casamento houve uma filha, Guilhermina Norton Alves Carneiro, que casou com Américo Carvalho Pinheiro de Lacerda.

Cirnes

     Maria do Rosário (1793-1864), nascida em Sanfins, conhecida pelos seus conterrâneos apenas por Rosária, é avoenga comum de várias famílias daquela freguesia, pelo que são aparentadas entre si: Sousas, Silvas ou Pereiras. Era filha de Domingos Correia Duarte, lavrador de Sanfins, e de sua segunda mulher Dionísia Maria Cirne, de S. Mateus de Oliveira, e neta pela parte materna de António José Cirne, natural de Santa Maria de Oliveira, e Maria Machado, natural de S. Mateus de Oliveira, ambos moradores nesta última freguesia. Casou em 1813 com José Carneiro e, depois do falecimento deste, voltou a casar com Joaquim Vicente de Sousa em 1830. Deixou descendência de ambos os casamentos. Do primeiro Ana (1815), Rita (1817), Custódia (1821), Maria (1824) e Manuel (1828) e do segundo Joaquina (1831), Rosa (1833) e Maria (1835).

     Joaquina Rosa de Sousa, filha de Joaquim Vicente de Sousa e de Maria do Rosário, casou com José da Costa Pereira (ver adiante Pereiras). Sua irmâ Maria de Sousa casou com Lino José da Silva (ver adiante Silvas).

     Uma filha de Lino José da Silva e Maria de Sousa, de seu nome Joaquina de Sousa, casou com José de Sousa, conhecido por José Freamunde. (ver adiante Sousas).

     Por outro lado,Custódia Maria, que casou em 1838 com António Ribeiro, era filha de Maria Teresa Cirne, pelo que também  há ligações entre os Ribeiros, adiante mencionados, e os Cirnes

     O apelido Cirne é muito antigo, visto que já aparecem indivíduos assim chamados no tempo de D. Afonso IV. Julga-se que possa derivar de alcunha e Viterbo informa que cirne é uma forma antiga da palavra cisne. As armas que usa esta família terão sido concedidas pelo imperador Carlos V a Manuel Cirne, feitor do rei de Portugal na Flandres, e confirmadas por D. João III. Nas armas dos Cirnes está representado em campo azul um cisne, o que dá crédito à informação de Viterbo.

     Manuel Cirne, em 1539, num gesto que testemunha a sua opulência, comprou a D. Manuel Pereira, terceiro conde da Feira, o senhorio de Refojos de Riba de Ave e a Serra da Agrela. Pelo seu segundo casamento, já antes se tinha tornado senhor da honra de Gominhães, nas proximidades de Vizela. 

Guimarães
 
     Em 24.04.1898 teve lugar o casamento de Serafim de Sousa Guimarães com Rosa Ferreira Gomes, ele de 24 anos, solteiro, penteeiro, natural da freguesia de S. Pedro, Vila Real, residente em S. Miguel das Aves, filho natural de Ana de Sousa, também natural da freguesia de S. Pedro, Vila Real, moradora na rua Oliveira Monteiro da cidade do Porto; ela de 23 anos, solteira, moleira, natural de Bairro, filha de Luís José Ferreira e Felicidade Gomes, naturais de Bairro, moradores no lugar da Azenha de Caparim. 
 
     Deste casamento houve muitos filhos: Joaquim (15.01.1903), Felicidade (10.05.1904), Joaquim (26.03.1906) e Ana (30.04.1908). Para além destes, há ainda outros filhos nascidos depois de 1910, pelo que não constam dos livros de registos paroquiais a que se pode aceder pela internet. O primeiro filho, Joaquim, faleceu em 31.01.1903. Daí a razão para que a um outro filho tenha sido dado mesmo nome: Joaquim, de nome completo Joaquim Ferreira Guimarães, conhecido em Bairro pela alcunha de «Mágico». Tal como o pai também foi penteeiro ou fabricante de pentes. Morava junto ao rio Ave e, em certa ocasião, decidiu construir um barco, ideia que concretizou com sucesso apesar de não ter qualquer experiência nesta actividade.
 
     A filha Ana Ferreira Guimarães casou com Fernando Sampaio Ferreira, nascido a 14.03.1904, em Bairro, filho de José Ferreira Júnior e Amélia Ferreira Sampaio, em 19.11.1925.
 

Martins

     Manuel Martins de Almeida, natural de S. Tiago de Cepões, concelho de Viseu, casou com Ermelinda Ferreira da Silva Germano, natural de S. Romão de Coronado. Ele teve várias profissões ao longo da vida. Terá sido pedreiro, assentador de carris do caminho de ferro, tecelão. Era conhecido pela alcunha de «Carrilhano», que lhe vem de ter sido durante parte da sua vida assentador de carris do caminho de ferro, profissão que explica o seu percurso geográfico. Ela era jornaleira. Tiveram pelo menos os filhos seguintes: António e Engrácia, nascidos em Carreço, Viana do Castelo, Avelino, nascido em Lordelo, e Augusto (1887), Maria (1889), Manuel (1891) e Clotilde (1893), nascidos em Bairro.

     Engrácia casou com José António da Silva, em 1903; Avelino casou com Amélia de Abreu, em 1906; António casou com Rosa Rodrigues Sampaio, em 1909. O casamento de Engrácia teve lugar em Calendário, os casamentos de Avelino e António tiveram lugar em Bairro. 

     Augusto, nascido a 18.03.1887, filho de Manuel Martins de Almeida, tecelão, natural de S. Tiago de Cepões, Viseu, e de Ermelinda Ferreira da Silva Germano, natural de S. Romão de Coronado, residentes no lugar da Pedreira, freguesia de Bairro, casou com Ana Alves Pimenta, filha de Domingos Alves Pimenta e de Júlia de Araújo Passos (?), no dia 12.07.1913. Ele faleceu a 21.01.1977 e ela a 03.06.1961.

     

Monteiros

     O nome Monteiro é muito antigo, pois já figura nas Inquirições de 1220 da paróquia de Sanfins. A palavra monteiro tinha o sentido de caçador e o nome terá sido dado a quem exercia esse ofício, mas com o tempo começou a passar de pais para filhos, como qualquer outro, independentemente do ofício de cada um. Os assentos paroquiais de Bairro e Sanfins registam muitas pessoas com esse nome, na maior parte dos casos aparentados uns com os outros.

     É o caso de Francisco de Sousa Monteiro. Casou com Joaquina Alves. Tiveram pelo menos três filhos: Rosa (1854), Manuel (1866) e José Maria (1868).

     Em 25.05.1884, José Maria de Sousa Monteiro casou com Maria Coelho Ferreira. Ele de 26 anos, alfaiate, natural de Bairro, filho de Francisco de Sousa Monteiro e de Joaquina Alves, proprietária, natural da Carreira; ela de 23 anos, fabricante, natural de Bairro, filha de José Ferreira, pedreiro, natural de Bairro e de Joaquina Coelho de Faria, proprietária, de Joane. Tiveram muitos filhos, pelo menos os seguintes: Joana (1885), António (1886), Deolinda (1888), Maria (1890), Manuel (1892), Joaquim (1893), Joaquim (1895), Joaquina (1896), Maria (1898), José (1902), Domingos (1903) e Amália (1909). António de Sousa Monteiro e José de Sousa Monteiro, foram padres. 

Pereiras

     O nome Pereira originou-se em Sanfins de Riba de Ave e foi usado em primeiro lugar por D. Rui Gonçalves de Pereira, que o tomou do nome da quinta que possuiu na dita paróquia: a quinta de Pereira. As Inquirições de 1220 e 1258 referem a existência na mesma paróquia  de um Gonçalo Samiriz de Pereira. Daí para cá o nome espalhou-se por todo o país e pelo estrangeiro, nem sempre havendo ligações familiares entre aqueles que o usam. 

     Se consultarmos os registos paroquiais de Bairro ou Sanfins, verificamos que muitas pessoas que aqui viveram usaram esse nome, embora isso não seja condição suficiente para se concluir que sejam aparentados uns com os outros. Muitos serão parentes próximos, outros serão muito afastados e, finalmente, outros nem terão entre si qualquer relação de parentesco. Aliás, isso é verdadeiro também para outros nomes. Indicaremos a seguir algumas pessoas que usaram este nome, mas há muitas outras que poderiam igualmente ser mencionadas.

     Manuel Pereira de Araújo, lavrador, filho de Agostinho Pereira e Custódia de Carvalho, nasceu no lugar da Bica, freguesia da Carreira, a 22.10.1711. Casou com Antónia Maria de Carvalho Quadros. Filhos: Manuel José (1763), João António (1765), António José (1768), Ana Maria (1770), João António (1773) José Manuel (1775) e Francisco José (1777).

     O seu filho mais velho, Manuel José Carvalho, também lavrador, casou com Ana Maria Carvalho. Filhos: Maria (1790), António Bernardo (1791), José (1793), José (1795), Manuel (1798), Joaquim (1800), Maria (1800), Joaquim (1802), Rodrigo José (1804) e Maria Josefa (1810).

     O terceiro filho de Manuel Pereira de Araújo, António Pereira, casou com Custódia Maria. Tinha sido seu padrinho de baptismo Rodrigo António Pinheiro de Lacerda, o que morreu na batalha de Carvalho de Este, em 1809. Deste casamento houve pelo menos um filho, Manuel Pereira, nascido em 1803, em alguns registos identificado como Manuel José Pereira.

     Em 18.06.1827,  na igreja da Carreira, teve lugar o casamento de Manuel José Pereira com Maria Leonor Costa, meus trisavós. Ela era filha de António José da Costa e Ana Maria de Sousa, da Carreira.

     Em 23.12.1850, na igreja da paróquia de S. Pedro de Bairro, à qual se achava unida Sanfins, celebrou-se o casamento de José da Costa Pereira e Joaquina de Sousa, meus bisavós. (Ver atrás Cirnes).  Fixaram residência no lugar de Pombal, onde possuiam uma casa. Ele, carpinteiro, era filho de Manuel José Pereira e de Maria Leonor da Costa, naturais da freguesia da Carreira. Ela era filha de Joaquim Vicente de Sousa e Maria do Rosário, da freguesia de Sanfins, de quem voltaremos a falar. Deste casamento houve os filhos seguintes: Joaquim (1851), Quitéria (1854), Guilhermina (1856), Maria (1859), António (1862), José (1864), Manuel (1869), Lino (1871), Alfredo (1873) e Clemente (1875). Alguns dos filhos do casal emigraram para o Brasil ainda muito novos. Lino e Clemente não o fizeram. Clemente, meu avô do lado paterno, casou com Maria Rodrigues de Andrade, filha de António Rodrigues de Andrade e Felicidade Martins Vilasboas, a quem já anteriormente fiz menção.

     Maria Josefa de Carvalho (1810-1862), já atrás referida, nascida na Casa da Bica, freguesia da Carreira, filha de Manuel José Carvalho e Ana Maria de Carvalho, casou com Manuel José da Costa de Sá Carneiro (1804-1853), em Ruivães, em 25.09.1834. Teve quatro filhos, entre os quais Albino de Sá Carneiro. É, portanto, avó de Joaquim Gualberto de Sá Carneiro, bisavó de José Gualberto de Sá Carneiro e trisavó de Francisco de Sá Carneiro.

     Assim, como facilmente se infere do que ficou dito, Francisco de Sá Carneiro era tetraneto de Manuel José Carvalho e Ana Maria Carvalho e quinto neto de Manuel Pereira de Araújo e Antónia Maria, também meus quintos avós.

     Francisco de Sá Carneiro, o seu pai, José Gualberto, e o seu avô, Joaquim Gualberto, foram todos eles advogados. O avô gozava de grande nomeada e era conhecido por cobrar elevados honorários pelos serviços prestados. Por essa razão escarnecia-se da sua cupidez referindo-se-lhe como o Saca Dinheiro, em vez de Sá Carneiro.

     Em 03.09.1905, celebrou-se o casamento de Luís Pereira e Arminda Ferreira. Ele de 21 anos, fabricante, natural e morador na freguesia de Bairro, filho de Manuel Pereira, lavrador, também natural desta freguesia, e de Rita de Almeida, lavradeira, de Santa Maria de Oliveira; ela de 19 anos, tecedeira, natural de Rebordões, filha de Serafim Ferreira, moleiro, também de Rebordões, e de Maria Pereira, moleira, desta freguesia. Devido à sua actividade profissional, Luís Pereira mais tarde tornou-se conhecido por Mestre Luís. Deste casamento houve os filhos seguintes: Maria (1906), Rosa (1908), Rosa (29.09.1910), Palmira e Serafim. Ignoro se há alguma relação de parentesco entre Luís Pereira e os outros Pereiras de que se falou antes. 

Pimentas 

     Em 1803 casaram em Sanfins Diogo Costa e Maria Teresa Pimenta, ele filho de António Costa e de Maria Monteira, de Sanfins, ela filha de João Manuel e de Maria Pimenta, de Ruivães. Tiveram pelo menos os filhos seguintes: Custódio (1803), Ana (1805) e Domingos (1809). Ana Pimenta casou em 1830 com Manuel Rodrigues de Andrade. Uma das filhas deste casal, Albina Pimenta, casou em 18.04.1870 com Francisco Ribeiro. 

     Em 12.07.1913 casou Augusto Martins de Almeida com Ana Alves Pimenta, filha de Domingos Alves Pimenta e de Júlia de Araújo Passos. Ignoro se há alguma relação de parentesco entre estes Pimentas e os referidos atrás.

 

Pontes

     José Pereira da Costa Pontes, natural de Delães, casou com Miquelina Rosa, de Bairro. Após o casamento fixaram residência em Bairro, no lugar da Ribeira. Ele era filho de António da Costa Pontes e de Maria Joana. Ela era filha de José Manuel Marques e Maria Angélica, do lugar da Ribeira, da freguesia de Bairro. Filhos: Manuel (1874) e Francisca (1877).

Ribeiros

     Em 28.04.1838, em Sanfins, casou António Ribeiro, pregueiro, isto é, fabricante ou vendedor de pregos, filho de Manuel Ribeiro, natural da freguesia de Guardizela, e de Petronila de Oliveira, natural de Serzedelo, com Custódia Maria Pereira, filha  de Maria Teresa Cirne, naturais e moradores em Sanfins. Deste casamento houve pelo menos os filhos seguintes: Francisco (1848), Constança (1852), Ana (1855), Catarina (1856), Júlia (1859) e Joaquina (1861).

     Em 18.04.1870, casaram Francisco Ribeiro, polvoreiro, e Albina Pimenta, meus trisavós. Ele de 22 anos, solteiro, natural e morador em Sanfins, mas baptizado em Serzedelo, filho de António Ribeiro e de Custódia Maria Pereira; ela de 30 anos, solteira, natural de Sanfins, moradora no lugar da Azenha, filha de Manuel Carvalho de Andrade e Ana Pimenta, naturais e moradores no lugar da Azenha da freguesia de Sanfins. Em alguns registos paroquiais, para além da profissão de polvoreiro atribuída a Francisco Ribeiro, também são indicadas outras: fogueteiro, vendeiro ou proprietário. Deste casamento houve os filhos seguintes: Maria (1871), Joaquina (1872), António (1874), Manuel (1876), Alexandre (1878) e Florêncio (1882). 

     Em 22.07.1895, em Bairro, casaram Manuel Ribeiro e Rita Pereira da Silva, meus bisavós. Ele de 19 anos, solteiro, tamanqueiro, filho de Francisco Ribeiro e Albina Pimenta, vendeiros; ela de 19 anos, tecedeira, filha de José Pereira da Silva, carpinteiro, de Sequeirô, e de Narcisa Monteiro, tecedeira, de Bairro. Deste casamento houve os filhos seguintes: Narcisa (1896), Joaquim (1898), Albina (1900), António (1901), Maria (1903), Ana (1907), Carlos (1909) e José.

Rochas

     Em 13.11.1882, teve lugar o casamento de Nicolau da Rocha com Custódia Pereira de Matos. Ele de 22 anos, jornaleiro, natural da Vila de Punhe, do concelho de Viana do Castelo, morador em Bairro, filho de António José da Rocha Rodrigues, farrapeiro, natural da freguesia de Mazarefes, concelho de Viana do Castelo; ela de 26 anos, jornaleira, natural de Sanfins, filha de Manuel de Matos, viúvo, alfaiate, e de Ana Pereira Carneiro. Deste casamento houve muitos filhos: Maria (1883), Vitorino (1884), José (1887), António (1888), Joaquim (1889), Joaquina (1890), Clemente (1892), Júlia (1894) e Ludovina (1896).

     Benedita (1907) era filha de Manuel Ferreira, de S. Miguel das Aves, e Maria Rodrigues da Rocha, neta pela parte materna de Nicolau da Rocha e Custódia Pereira de Matos.

     David Pereira da Rocha (1908-1973) era neto de Nicolau da Rocha, filho de Vitorino. Casou, em 1932, com Amália (1909 - 06.08.2005), filha de José Maria de Sousa Monteiro, alfaiate, e Maria Ferreira Coelho. 

Silvas

     Em 07.02.1861, em Sanfins, casou Lino José da Silva e Maria de Sousa. Ele de 36 anos, solteiro, natural de Rebordões, filho de António José da Silva, jornaleiro, e de Joana Maria da Silva, da dita freguesia, neto paterno de José António, da cidade do Porto, e de Gertrudes da Silva Gonçalves, de Rebordões, e materno de Manuel Gonçalves, jornaleiro, de Burgães, e de Ana Maria da Silva, de Rebordões; ela com a idade de 25 anos, de Sanfins, solteira, filha de Joaquim Vicente de Sousa, carpinteiro, e de Maria do Rosário, da mesma freguesia, neta paterna de António Vicente de Sousa, jornaleiro, e de Teresa da Costa Monteiro, e materna de Domingos Correia Duarte, da dita freguesia de Sanfins e de Dionísia Maria Cirne, natural de S. Mateus de Oliveira. (ver atrás Cirnes). Deste casamento houve pelo menos os filhos seguintes: Matilde (1862), António (1863), José (1865), Rita (1867), Manuel (1870), Joaquim (1872), Joaquim (1876) e Joaquina (1878).

     Em 23.04.1903, na igreja de S. Julião do Calendário, celebrou-se o casamento de José António da Silva e Engrácia Ferreira da Silva. Ele de 38 anos, solteiro, pedreiro, natural de Bairro, filho de Lino José da Silva e de Maria de Sousa; ela de 22 anos, solteira, fabricante, natural de Carreço, concelho de Viana do Castelo, filha de Manuel Martins de Almeida, pedreiro, natural da freguesia de S. Tiago de Cepões, concelho de Viseu, e de Ermelinda Ferreira da Silva Germano, jornaleira, natural de S. Romão de Coronado, neta paterna de avô incógnito e Ana de Almeida e materna de Manuel Ferreira Germano e Ana Maria da Silva Germano. Deste casamento houve os filhos seguintes: António (1904), Laurentina (1905), António (1907), Maria (1909), Joaquina (1911), Deolinda (1917), Jerónimo, Rosa (1921) e Lino.

     José António da Silva era conhecido por Zé Lino, talvez devido ao facto de seu pai ter esse nome. Embora identificado como pedreiro no registo do seu casamento, mais tarde foi mestre-pedreiro e comerciante. O pai de Engrácia Ferreira da Silva, Manuel Martins de Almeida, que o mesmo registo indica como sendo pedreiro, noutros registos é tido como tecelão e parece que também terá sido assentador de carris dos caminhos de ferro, donde lhe teria vindo a alcunha de «Carrilhano». Aliás, o exercício dessa actividade poderá ajudar a explicar que os seus irmãos mais novos e a sua filha tenham nascido em Carreço - Viana do Castelo. Talvez a sua família se tenha fixado nessa localidade na altura  da construção da via férrea, em que trabalharam, que chegou a Carreço em 1872. Só terão vindo para Bairro para colaborarem na  construção da linha férrea do Porto para Guimarães e Fafe, depois de 1881.

     O casamento de José António Silva e Engrácia Ferreira da Silva terá tido lugar no Calendário por a família dele se opor à sua concretização, devido ao facto dela ser de condição social mais modesta. Por isso, sem dar conhecimento prévio a seus pais, José António tratou do assunto em segredo longe da freguesia e arranjou um padre que se dispusesse a celebrar o casamento. Após a cerimónia, ele foi para a obra em que estava a trabalhar e ela veio para casa de seus pais, como se nada tivesse acontecido. Só alguns dias depois, estas notícias começaram a espalhar-se e acabaram por chegar aos ouvidos dos pais, que já não podiam reverter a situação. Colocados assim perante um facto consumado, com maior ou menor relutância, não tiveram outro remédio senão aceitá-lo.

Sousas

     Em 23.10.1871, na igreja de Santa Marinha, teve lugar o casamento de José de Sousa, pedreiro, natural de Figueiró, freguesia próxima de Freamunde, ambas do concelho de Paços Ferreira, morador em S. Miguel de Seide, e Margarida Monteiro, referida noutros registos como Margarida Rosa, natural da freguesia de Santa Marinha, anexa à de Landim. Ele era conhecido por José Freamunde, filho natural de Engrácia de Sousa, solteira. Ela de 17 anos, filha legítima de José Monteiro e de Albina Rosa, do lugar do Outeiro da freguesia de Santa Marinha, neta paterna de Francisco Monteiro e Teresa Albina, de S. Miguel de Seide, e materna de Josefa Maria, solteira, da freguesia de Santa Marinha de Landim. Nasceu a 21.12.1854 e no dia seguinte foi baptizada. Faleceu em Seide, no estado de viúva, a 11.09.1934. Deste casamento houve pelo menos dois filhos: Manuel, nascido a 30.08.1872, e José, nascido a 06.11.1874, ambos na freguesia de Santa Marinha. José foi baptizado em casa por Joana Rosa, viúva, costureira, do lugar do Outeiro, da mesma freguesia, que presumo ter sido a parteira, provavelmente por se recear que expirasse.

     Em 03.01.1901, celebrou-se na igreja de Bairro o casamento de José de Sousa, igualmente conhecido por José Freamunde, e Joaquina de Sousa. Ele de 26 anos, solteiro, pedreiro, natural da freguesia  de Santa Marinha, anexa à de Landim, morador em S. Miguel de Seide, filho de José de Sousa, pedreiro, natural de Freamunde, segundo o registo efectuado pelo pároco de Bairro, e de Margarida Rosa, doméstica, natural de Santa Marinha. Ela de 22 anos, tecedeira, natural de Bairro, filha de Lino José da Silva, de que falámos atrás, e de Maria de Sousa, proprietária, também natural de Bairro, neta pela parte materna de Joaquim Vicente de Sousa, carpinteiro, e de Maria do Rosário, meus trisavós pela minha parte paterna. (Ver atrás Cirnes)

     Deste casamento houve vários filhos, pelo menos os seguintes: Maria (1901), Laurentina (1903), José (1905), Augusto (1907), Lino (11.07.1915) e António. Lino foi ordenado padre. Foi pároco de Serzedo e, em 1949, foi transferido para Santo Estêvão de Penso. Mais tarde, em acumulação com essas funções, foi igualmente pároco de S. Vicente de Penso e de S. Pedro de Escudeiros.

     Camilo Castelo Branco, em «A Morgada de Romariz», inserida no II volume das «Novelas do Minho», refere  um certo Freiamunde (sic) como elemento da quadrilha de Luís Meirinho, numa cena de grande violência, que termina com a morte de um homem. Há quem diga que se trata de uma pequena vingança de Camilo por José de Sousa (o pai), o tal  Freiamunde da novela,  não ter aderido ao partido político do escritor, após o ter sondado para esse fim. O Freamunde era exímio no jogo de pau e a sua fama chegava longe, um pouco à semelhança de um jogador de futebol famoso dos nossos dias. Tal como agora os partidos procuram a participação de estrelas do desporto nas suas campanhas em época de eleições, parece que o escritor também achava que a adesão do Freamunde ao seu partido podia levar a que outros, que o admiravam, lhe seguissem o exemplo. Como não conseguiu o intento de operar a sua conversão e tirar vantagem dela, terá decidido apoucá-lo na referida novela, associando-o a uma quadrilha de malfeitores. É preciso não perder de vista que se trata de uma obra de ficção, em que alguns dos factos referidos são inventados e em que a imagem que se dá de alguém pode não corresponder à realidade, como parece ser o caso.

Vilasboas

     O apelido Vilas Boas teve origem em Airó, Barcelos. João Annes de Vilas Boas, que terá sido o primeiro que  o usou, era o senhor das torres de Airó e da Quinta de Vilas Boas, foi vassalo de D. Dinis (1279-1325). Um seu neto, Diogo Fernandes de Vilas Boas, era um cavaleiro que viveu no concelho de Barcelos no reinado de D. Pedro I (1328-1367) e foi senhor da torre de Airó e de uma quinta denominada Vilas Boas. Depois, à medida que crescia a descendência, o apelido espalhou-se até Trás-os Montes e a muitos outros lugares.

     Em 1693, na igreja de Sanfins, casou Manuel Álvares com Maria Ferreira. Ele era filho de Domingos António, de Sequeirô, e de Margarida Francisca. Deste casamento nasceu o Alferes Manuel Álvares Ferreira, que casou com Rosa Dias Duarte, meus sextos avós. Moraram no lugar do Olival. Filhos: José e Manuel.

     O primeiro filho, Manuel Álvares Ferreira, ordenou-se padre, processo 10510, de 18.10.1732. 

     O outro filho, o Alferes José Álvares Ferreira, casou com Isabel Maria Vilas Boas. Eram lavradores e residiram igualmente no lugar do Olival, freguesia de Sanfins, sendo ela filha de João de Vilas Boas e Maria Rodrigues, lavradores, moradores no lugar das Fontes, da freguesia de Santa Lucrécia do Louro, neta pela parte paterna de António Domingues e Maria de Vilas Boas, do Louro, e bisneta do padre António de Vilas Boas, pároco de Barcelinhos, e de Catarina Gomes, do Louro, meus oitavos avós. Filhos: Mariana (1752), Manuel (1753), José António (1756), Francisco José (1758) e Lourenço Joaquim. Os dois últimos faleceram, respectivamente, em 1776 e 1791.

     Também um filho do Alferes José Álvares Ferreira, neto do Alferes Manuel Álvares Ferreira, de seu nome Manuel José Álvares Ferreira, se ordenou padre, processo 16993 de 28.08.1777. No assento de um baptismo, em 1803, em que foi o padrinho, é referido como Doutor Manuel Álvares Ferreira Villas Boas, sem indicar a sua área de formação. É de supor que tenha estudado na Universidade de Coimbra por ser a única que na altura existia. Contudo, ainda não tive ocasião de consultar os arquivos da Universidade de Coimbra para confirmar ou não esta suposição.

      Estes padres eram sobrinhos de um outro padre, Francisco Vilasboas, natural do Louro, filho de João de Villas Boas e Maria Rodrigues, já atrás mencionados, processo 28920 de 11.12.1730.  

     Outro filho do Alferes José Álvares Ferreira, José António Álvares Ferreira Vilas Boas, casou com Mariana da Silva Azevedo, do Louro. Deste casamento houve pelo menos um filho, Manuel Alves Ferreira Vilas Boas, que nasceu em Santa Lucrécia do Louro e casou com Maria Martins, natural de S. Miguel das Aves, filha de António Martins Ribeiro, de Rebordões, e de Margarida Rosa, de S. Miguel das Aves. Residiram em Sanfins, na quinta do Olival. Filhos: José António (1835), Manuel José (1837), Joana (1838), Francisco (1840), Maria (1842), António (1845) e Felicidade (1848).

     Um dos filhos, Manuel Alves Martins Vilas Boas, casou, em 05.12.1859,  com Rita Angélica Carneiro, filha de José Carneiro de Freitas, natural de Sanfins, e Ana Joaquina de Carvalho, natural de Sequeirô. São filhos deste casal José (1861), Ana (1862), Felicidade (1865), António (1867) e Maria (1869).

     Após o falecimento de Rita Angélica, Manuel Alves Martins Vilas Boas voltou a casar, desta vez com Joaquina Maria Monteiro, de Ruivães. Deste segundo casamento também houve filhos: Francisco (1871), Joaquim (1873), Albino (1875), Manuel (1877), Domingos (1879) e Maria (1881).       

     O filho mais velho, José Alves Martins Vilas Boas casou com Júlia Fernandes da Silva Guimarães. Tiveram pelo menos um filho, Álvaro Alves Martins Vilas Boas, nascido a 02.08.1894, que emigrou para o Brasil, onde casou com Laurinda da Silva Carvalho, nascida em Bairro em 18.03.1904. 

     Felicidade Martins Vilas Boas, nascida em 29.05.1865, casou com António Rodrigues de Andrade, filho de Domingos Rodrigues de Andrade, de que já se falou atrás. São meus bisavós.

     Joaquim Alves Martins Vilas Boas, nascido em 1873, casou com Amélia Borges Carneiro, de Areias. Filhos: Deolinda (1898), Ana (1902), Manuel (1904), Maria (1906) e Maria (1908). 

     Albino Martins Vilas Boas, emigrou para o Brasil com apenas 13 anos de idade, onde casou com Cecília Francisca da Silva Paiva. Tiveram onze filhos, sendo o mais velho António Martins Vilas Boas, que nasceu a 15.11.1896, em Guiricema, Estado de Minas Gerais. Formou-se em Direito, foi delegado de polícia, promotor de justiça, advogado, juíz, professor universitário, diácono da Igreja Baptista, prefeito municipal de Araxá, Minas Gerias, Procurador da República de Minas Gerais e Ministro do Supremo Tribunal Federal, nomeado em 1957 pelo Presidente Juscelino Kubitshek de Oliveira. Faleceu em Brasília a 10.11.1987. 

     Maria Martins Vilas Boas, nascida em 1881, casou com Francisco Correia Machado. Pelo menos um filho: Lino (1906).

     

    
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